Como sei se estou num relacionamento doentio?

Como sei se estou num relacionamento doentio? – Os especialistas explicam que, para determinar se você está ou não num relacionamento doentio, você precisa analisar seus sentimentos, esteja ou não em contato com seu parceiro (a).

Você precisa ser o mais objetivo(a) possível, porque senão você está enganando a si mesmo(a), e ao outro também.

Se nos últimos tempos você tem se sentido criticada(a), tenso(a), triste, angustiado(a), medroso(a), rejeitado(a), ignorado(a), inútil, sem importância, sem controle de sua vida, isolado(a), culpado(a) do que está acontecendo, obrigado(a) a se mostrar feliz para fazer os outros felizes, que você deixa de lado seus gostos e interesses para agradar ou evitar uma briga, é porque seu relacionamento não vai nada bem.

É verdade que um pouco disso pode acontecer num determinado momento, mas o problema é quando é a regra e não a exceção.

Se você sente alguma dessas coisas duas ou três vezes por semana ou durante meses, precisa começar a examinar profundamente seu relacionamento e o que ele faz com você.

Agir o mais rápido possível pode levar a bons resultados. Se você ficar de braços cruzados, esperando que a resposta desça do céu, tudo pode acabar muito mal.

Não é que você queira semear o terror ou que não tenha que haver um desfecho trágico, mas é bom que você pare de negar os problemas, para evitar a dor que uma separação pode lhe causar.

Muitas pessoas cometem esse erro, “acostumando-se” com um relacionamento doentio, agarrando-se a uma lembrança de uma boa atitude do outro. Assim, a situação nunca será resolvida, senão vai piorar.

Se o seu parceiro frequentemente o ridiculariza na frente de seus amigos ou familiares, se ele o critica ou zomba de você por tudo o que você faz, se ele o insulta ou diz palavras ofensivas, se ele o manipula com ameaças, mentiras, com seu silêncio ou com frases sem terminar, se ele nunca reconhece quais são suas qualidades, se ele usa expressões corporais ou faciais para te assustar, se ele se opõe a você ver seus entes queridos, se ele não permite que você faça o que você gosta, se ele usa exibições de carinho depois de algo ruim, você está enfrentando uma situação de abuso e é vital que você pare, se não quiser se arrepender no futuro.

Está provado que os abusos aumentam se nada for feito a respeito!

Isso não significa que seu parceiro seja uma pessoa ruim, um assassino ou um ogro, mas talvez ele não perceba o que diz ou o que isso causa em você.

Por mais que ele te faça milhares de promessas que vai mudar e volta na mesma coisa “porque você me deixou nervoso”, “porque você não me escuta”, “porque eu bebi demais”, lembre-se de que você pode ser o(a) responsável se as coisas passarem do cinza para o preto.

Isso não “diminui” a culpa do agressor, mas você deve evitar que ela piore.

Cortar um relacionamento doentio a tempo é uma das coisas mais difíceis que podem nos acontecer, porque existe um relacionamento muito próximo com a outra pessoa.

E se adicionarmos manipulação a isso, é ainda pior. O abusador(a) pode até gostar de seu comportamento, por isso é muito difícil para ele(a) mudá-lo. Ele(a) sempre tentará justificar o que faz, pois está convencido(a) de que está certo ou que a outra pessoa “pediu”.

Abuso emocional: um flagelo da sociedade

Há mais casos de violência doméstica do que se pensa ou é relatado na mídia. E nem sempre se trata de abuso físico, como espancamentos.

O abuso emocional é o mais perigoso porque penetra mais fundo do que um tapa ou um punho cerrado. Talvez você conheça pessoas que estão passando por essa situação e não saiba, pois não é tão “demonstrável” como aparecem com um hematoma no olho.

O abuso emocional prejudica muito uma pessoa e, em muitos casos, essa lesão pode ser permanente. Por isso se diz que é mais perigoso que o golpe físico.

Brigas e discussões nem sempre são sinônimos de violência. Não há casais que nunca discutem e se isso acontecer, você tem que se preocupar, porque é impossível concordar 100% do tempo.

Em relação à violência emocional, vai além de uma questão de gastos, finanças ou filhos. Trata-se de algo mais profundo, que atinge os confins do coração e aí se instala.

É que a pessoa que recebe essa violência vai mudar sua atitude, seu estilo de vida, seus costumes, tudo para agradar seu parceiro(a).

Detectar abuso emocional é difícil, mas há alguns sinais claros, como:
  • baixa autoestima
  • depressão
  • angústia constante sem motivo aparente
  • isolamento de pessoas próximas
  • sentimentos de vergonha
  • ódio de si mesmo
  • medo
  • insegurança
  • negação do problema, não aceitar ajuda de um profissional, mentir, recorrer a um vício, etc.

Lembre-se de que reconhecer o abuso é o primeiro passo para interrompê-lo. Não deixe passar mais tempo, procure ajuda, não aceite a culpa do outro, não se responsabilize pelos erros dos outros, não se deixe manipular e não caia na “chantagem emocional”.

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